sábado, 24 de maio de 2008

Esperar


Como é difícil esta espera. Às vezes me pego a imaginar como será meu bb, como será tê-lo em meus braços, qual a sensação de ser mãe ainda que adotiva.
Ter um pequeno ser em meus braços para eu amar e sorrir para mim e me seguir com olhinhos por onde quer que eu vá por que me reconhece como sendo sua MÃE. Sua provedora, seu porto seguro...

Me pego a imaginar como será ter em meus braços um bb para acalentar, para abraçar... que quando estivesse chorando, com fome, com o que quer que estivesse sentindo somente a mim ele quereria...

Ou ao pai, homem que tanto amo.

Não importa o tempo que passar, mesmo quando ele já estiver comigo, esta pergunta não calará: porque?

Porque nós. Porque não podemos. O que fiz de tão errado para não ter direito de ser mãe.

Porque dói tanto. Porque não há outro modo de preencher este vazio no coração, nos braços, na alma...

O processo de adoção está sendo muito mais difícil do que eu imaginava. A psicóloga interpreta tudo que falamos de maneira ruim. Como se fossemos pessoas ruins, incapazes. Como se devessemos ser perfeitos para então termos um filho.

Isto é impossível, será que ela não percebe?

Faltam dezoito dias para as próximas reuniões, as próximas agonias. Será com a assistente social e as imagino tão terriveis como com a psicóloga.

E esta espera... 18 dias me parecem a eternidade.

4 comentários:

Pati disse...

me disseram... que amor verdadeiro só nasce com a convivencia... que mesmo o amor de mãe nasce qdo vc conhece o bb, e passa a conviver com ele... então seja de coração ou não o amor de mãe e filho sempre será o mesmo!!!!!
bjos pra vc!!!!!

Francisco Castro disse...

Oi, gostei muito do seu blog.

Parabéns!

Um abraço

Mauro Castro disse...

Minha amiga, não exista "mãe, ainda que adotiva". Existe mãe. Eu sei muito bem pelo que tu estás passando, pois tenho um linda filha de 13 anos. Adotada.
Há braços!!

Anônimo disse...

Eu passei 4 anos tentando engravidar, foram os anos mais dificeis e mais dolorosos da minha vida, quase me separei do meu marido eu entrei em desespero. Cheguei a evitar a ir em festas de familiares e amigos por causa das cobranças e piadas de aml gosto. As pessoas não entendem ou não querem entender sei lá. Mas graças a Deus o tratamento que eu fiz deu resultado e eu tive uma linda menina, "Maria Clara" a razão do meu viver! Ela vai completar seu 1º aninho de vida! Quero dizer que quando li seu depoimento 24 maio de 2008. Voltei no tempo e lembrei de tudo como se tivesse sido ontem da dor, a tristeza. Eu passei por tudo isso que vc está passando. Se eu não tivesse conseguido engravidar eu também adotaria, Porque pai e mãe são aqueles que nos dão carinho, amor. Estou aqui para te dar força e dizer que vou pedir muita luz para você nas minhas orações. Deus nunca ´nos dá um fardo maior que possamos carregar! Fique com Deus ! Um grande beijo no seu coração!
Débora
de21@uol.com.br