Como é difícil esta espera. Às vezes me pego a imaginar como será meu bb, como será tê-lo em meus braços, qual a sensação de ser mãe ainda que adotiva.
Ter um pequeno ser em meus braços para eu amar e sorrir para mim e me seguir com olhinhos por onde quer que eu vá por que me reconhece como sendo sua MÃE. Sua provedora, seu porto seguro...
Me pego a imaginar como será ter em meus braços um bb para acalentar, para abraçar... que quando estivesse chorando, com fome, com o que quer que estivesse sentindo somente a mim ele quereria...
Ou ao pai, homem que tanto amo.
Não importa o tempo que passar, mesmo quando ele já estiver comigo, esta pergunta não calará: porque?
Porque nós. Porque não podemos. O que fiz de tão errado para não ter direito de ser mãe.
Porque dói tanto. Porque não há outro modo de preencher este vazio no coração, nos braços, na alma...
O processo de adoção está sendo muito mais difícil do que eu imaginava. A psicóloga interpreta tudo que falamos de maneira ruim. Como se fossemos pessoas ruins, incapazes. Como se devessemos ser perfeitos para então termos um filho.
Isto é impossível, será que ela não percebe?
Faltam dezoito dias para as próximas reuniões, as próximas agonias. Será com a assistente social e as imagino tão terriveis como com a psicóloga.
E esta espera... 18 dias me parecem a eternidade.
sábado, 24 de maio de 2008
Esperar
Quem escreveu?
Yana
às
23:55
4
Ei, já vai? Comente. Obrigadíssima pela visita.
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