Dor Vermelha
Para não senti-la, renego minha natureza. Para não vê-la procuro um local afastado de mim, fora de mim.
Renego e não atendo à minha natureza para não ver estampada no branco o vermelho que me trará a certeza de mais um átomo de vãs esperanças.
Aguardo até que a natureza, gritando, me traga de volta do mundinho que criei, dentro da minha mente, ligado ao meu coração ou ainda nos céus onde de longe eu me olhava e fingia que eu não existia, um lugar em que não existe esta dor vermelha estampada no branco.
Um lugar onde eu ainda inventava, criativa que sou, mãos calorosas a me abraçar... Pequeninas e rechonchudas mãos a me acarinhar.
E quando a atendo é de olhos voltados para o lado e quando no último instante me forço a encarar a realidade vejo que não há mácula ainda no fundo branco e a esperança... haaaa! a esperança...
Volta galopante, somente para dias depois (dias!!) desfazer-se naquela dor vermelha estampada no fundo branco.
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